Destinado a esclarecimentos de dúvidas em Otorrinolaringologia. Lembrando que esse tipo de informação não substitui o atendimento médico!
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Respire melhor
"Respirar pela boca é errado. O problema é que muitas pessoas não sabem disso. Mas a Academia Brasileira de Rinologia sabe, e está pondo fim a esse costume de muitos brasileiros. Com palestras de conscientização sobre o impacto da respiração nasal na qualidade de vida, a campanha Respire Pelo Nariz e Viva Melhor iniciou neste mês de junho um completo cronograma de palestras explicativas gratuitas em diversas cidades do país. Realizadas em hospitais, escolas, associações médicas e universidades, as palestras foram abertas ao público, que pôde interagir com os palestrantes ao esclarecer dúvidas e compartilhar informações.
Os temas foram abordados de forma clara e simples, com ênfase nas principais causas e conseqüências da obstrução nasal como rinite alérgica, adenóides, desvio de septo, ronco e apnéia do sono, alteração do olfato, entre outros problemas. Folders explicativos sobre a respiração nasal foram distribuídos a todos os participantes. Alguns destaques ficaram por conta das palestras realizadas em Camboriú (SC), onde o coordenador Mauro Knoll organizou uma conferência para leigos muito prestigiada sobre respiração nasal. No Rio de Janeiro (RJ), o Hospital Universitário da UFRJ recebeu prestigiadas palestras, coordenadas por Geraldo Gomes. Em Curitiba (PR), Antonio Nassif Filho coordenou palestras em hospitais e concedeu até entrevista sobre o tema a uma emissora de TV local. No Hospital das Clínicas de São Paulo (SP), Fábio Pinna alertou idosos sobre a respiração nasal. Em Santo André, no auditório do Hospital Mario Covas, Fernando Veiga conscientizou os participantes sobre a importância de se respirar pelo nariz. Em Jequié, na Bahia, destaque para Vinicius Britto, que ressaltou a necessidade da respiração correta em crianças.
A Campanha da ABR segue com diversas ações ao longo deste ano, e promete ensinar e conscientizar ainda mais, para que o Brasil respire muito bem. Pelo nariz.
Mais imagens e detalhes da Campanha, acesse www.respirepelonariz.org.br "
Sinusite - Quais os sintomas?
Os sintomas são:
- dor facial, que é pior pela manhã e melhora durante o dia
- secreção nasal esverdeada ou amarelada
- obstrução nasal
- halitose (mau-hálito)
- redução do olfato
- secração nasal posterior com tosse
- febre, mal-estar
É importante lembrar que o diagnóstico é clínico, estando os exames radiológicos reservados aos casos duvidosos.
Sinusite - O quê causa?
A rinossinusite ocorre geralmente após uma infecção das vias aéreas superiores viral (IVAS) ou após uma crise alérgica. Estima-se que 0,5 a 2% das IVAS evoluam para rinossinusite bacteriana.
As crianças apresentam de 6 a 8 episódios de IVAS por ano, e 5 a 13% delas evoluem para rinossinusite bacteriana.
Os fatores relacionados a essa doença são:
- Infecção das vias aéreas superiores (resfriado)
- rinite alérgica
- desvio de septo
- pólipo nasal, corpo estranho nasal
- uso de descongestionantes tópicos
- infecção dentária
- imunodepressão por desnutrição, uso prolongado de corticóides, diabetes descompensado, AIDS
- estresse
Otite média aguda - Quais são os sintomas?
- dor forte no ouvido
- redução da audição
- sensação de plenitude auricular (ouvido parece tampado)
- pulsações auriculares como batimentos cardíacos (Sinal de Scheibe)
- pode ter saída de secreção purulenta do ouvido, o que significa que supurou, ou seja, a membrana timpânica perfurou e está drenando a secreção da orelha média, havendo melhora da dor
Quando ocorre a perfuração timpânica, a membrana costuma fechar espontaneamente, mas pode ficar uma perfuração residual.
COMPLICAÇÕES DA OTITE
Não é comum que ocorram, mas em determinadas situações podem acontecer. Essas complicações são:
- abscesso subperiosteal
- labirintite infecciosa
- paralisia facial periférica
- perda auditiva
- meningite
- abscesso cerebral
- sepse, choque séptico
Otite média aguda - O quê causa?
O pico de incidência é entre 6 e 18 meses, sendo que quase 70% das crianças menores de 1 ano terão pelo menos 1 crise de otite.
- Porquê meu filho tem otite com freqüência?
As crianças apresentam mais otite na faixa dos 6 aos 18 meses, e depois dos 4 aos 5 anos. A anatomia da tuba auditiva (um componente do ouvido que tem, entre outras funções, a de proteção da orelha) das crianças é diferente da dos adultos, facilitando a otite. Alguns fatores aumentam o risco dessa doença: nível socioeconômico baixo, crianças que freqüentam creche, época do inverno, poluentes ambientais com o cigarro, hipertrofia adenoideana, fissura palatina, anomalias crânio-faciais, deficiências imunológicas e alguns estudos apontam o refluxo gastroesofageano como fator de risco também. Nesses casos a criança deve ser acompanhado pelo otorrino, para fazer o diagnóstico preciso e identificar as possíveis causas.
- Como evitar a otite?
É difícil controlar completamente, mas alguns fatores podem reduzir sua ocorrência, como o tratamento de alergia em crianças atópicas, não fumar perto da criança, tratar o refluxo gastroesofageano. O aleitamento materno é fator protetor, reduzindo o risco de otite média aguda no primeiro ano de idade (pelas imunoglobulinas do leite materno).